quarta-feira, 14 de abril de 2010

Você seria membro dessa igreja?

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Há um tempo atrás fiquei sabendo de um projeto interessante para a tradução de diversos sermões de um famoso pregador "gringo", então me dispûs a ajudar e traduzi meu primeiro texto.

Trata-se da Declaração de Fé e Prática da igreja desse pregador, a qual era aceita por seus membros ao serem admitos.

Leia essa declaração e aí me diga se você concorda com isso..


Este documento foi elaborado na época do ministério de Dr. John Gill, quando a Igreja reuniu-se em Carter Lane. Não se sabe quando a declaração ficou fora de uso, mas a sua teologia foi claramente aceita por Spurgeon e ensinada para a igreja no seu tempo.


DECLARAÇÃO DE Fé e Prática da Igreja de CRISTO, em Carter-lane, Southwark, sob o Cuidado Pastoral do Dr. John Gill, Lido e aceito, na Admissão de Membros


TENDO sido habilitados, com a Graça divina para desistirmos de nós mesmos ao Senhor, e igualmente um ao outro pela vontade de Deus, contamos como compete a nós, fazer uma declaração de nossa fé e prática, para a honra de Cristo, e a glória do seu Nome, sabendo que, como com o coração se crê para justiça, então com a boca se faz confissão para a salvação, que é a seguinte declaração, a saber:


I. Nós cremos, Que as Escrituras do Antigo e Novo Testamento, são a palavra de Deus, e a única regra de fé e prática.


II. Nós cremos, Que só há um só Deus vivo e verdadeiro, que há três pessoas na Divindade, o Pai, o Filho e o Espírito Santo, que são iguais em natureza, poder e glória; e que o Filho e o Espírito Santo são verdadeira e propriamente Deus, como o Pai. Estas três pessoas divinas se distinguem umas das outras por propriedades particulares relativas.
A propriedade distintiva e relativa do caráter da primeira pessoa é gerar, ele gerou um Filho da mesma natureza com ele, o qual é a imagem expressa de sua pessoa, e, portanto, é com grande propriedade chamado o Pai. A propriedade distintiva e relativa do caráter da segunda pessoa é que ele é gerado, e ele é chamado o unigênito do Pai, e seu próprio e apropriado Filho, não um Filho de criação, como anjos e os homens, nem pela adoção como os santos são, nem pela posse como magistrados civis são, mas por natureza, por geração eterna do Pai dele na natureza divina; e, portanto, ele é verdadeiramente chamado o Filho. A propriedade distintiva e relativa do caráter da terceira pessoa é ser respirado pelo Pai e do Filho, e proceder de ambos, e muito apropriadamente chamado de Espírito ou Fôlego de ambos. Estas três distintas pessoas divinas, nós professamos reverenciar, servir e adorar como o único Deus verdadeiro.


III. Nós cremos, Que antes do início do mundo, Deus elegeu um certo número de homens para a salvação eterna, a quem ele predestinou para filhos de adoção por Jesus Cristo, por sua própria graça gratuita, e de acordo com o beneplácito de sua vontade; e que nos termos deste projeto gracioso, ele planejou e fez um pacto de graça e de paz com o seu Filho Jesus Cristo, em nome dessas pessoas, onde um Salvador foi nomeado, e todas as bênçãos espirituais providenciadas por elas; como também que aquelas pessoas, com toda sua graça e glória, foram colocadas nas mãos de Cristo, e sob o seu cuidado e encargo.


IV. Nós cremos, Que Deus criou o primeiro homem Adão, conforme sua imagem, e à sua semelhança, uma reta, santa e inocente criatura, capaz de servir e glorificá-lo, mas pecando ele, todos os seus descendentes pecaram nele, e se destituíram da glória de Deus; a culpa de cujo pecado é imputada, e derivou uma natureza corrupta a todos os seus descendentes, descendendo dele por geração normal e natural: a de que eles são, por seu primeiro nascimento carnal e imundo; avessos a tudo o que é bom, incapazes de fazer qualquer bem, e inclinados a todo pecado, e também são por natureza filhos da ira e estão sob uma sentença de condenação; e por isso estão sujeitos, não só a uma morte corporal, e implicando em uma moral, comumente chamado de espiritual, mas também são susceptíveis a uma morte eterna, conforme considerados no primeiro Adão, caídos e pecadores; de todos os quais não há salvação, exceto por Cristo, o segundo Adão.


V. Nós cremos, Que o Senhor Jesus Cristo, sendo estabelecido desde a eternidade como o mediador da aliança, e tendo se engajado para ser o fiador de seu povo, na plenitude dos tempos realmente assumiu a natureza humana, e não antes, nem no todo nem em parte; sua alma humana, sendo uma criatura, não existiu desde a eternidade, mas foi criada e formada em seu corpo por ele, que formou o espírito do homem dentro dele, quando foi concebido no ventre da virgem; e assim sua natureza humana consiste em um verdadeiro corpo e uma alma racional, tanto que, juntos, e simultaneamente o Filho de Deus assumiu em união com sua pessoa divina, quando feito de uma mulher e não antes, em cuja natureza ele realmente sofreu e morreu como o substituto de seu povo, em seu espaço e lugar; pelo que ele satisfez pelos pecados deles totalmente o que a lei e a justiça de Deus poderia exigir, bem como abriu caminho para todas as bênçãos que são necessárias para eles, tanto para o tempo quanto para a eternidade.


VI. Nós cremos, Que Redenção Eterna que Cristo obteve pelo derramamento do seu sangue é especial e particular, isto é, que só foi intencionalmente concebido para os Eleitos de Deus, e Ovelhas de Cristo, que somente compartilham as bênçãos especiais e particulares do mesmo.


VII.
Nós cremos, Que a justificação dos eleitos de Deus é apenas pela justiça de Cristo imputada a eles, sem a consideração de quaisquer obras de justiça feitas por eles; e que o perdão completo e gratuito de todos os seus pecados e transgressões, passados, presentes e vindouros, é somente através do sangue de Cristo, segundo a riqueza da sua graça.


VIII. Nós cremos, Que o trabalho de regeneração, conversão, santificação e fé não é um ato de livre arbítrio e poder do homem, mas da poderosa, eficaz e irresistível graça de Deus.


IX.
Nós cremos, Que todos aqueles que são escolhidos pelo Pai, redimidos pelo Filho e santificados pelo Espírito, devem certamente e, finalmente, perseverar, de modo que nenhum deles deve perecer para sempre, mas devem ter a vida eterna.


X.
Nós cremos, Que haverá uma Ressurreição dos mortos, tanto dos justos e os injustos, e que Cristo virá uma segunda vez para julgar os vivos e os mortos, quando ele efetuará vingança contra os ímpios, e introduzirá o seu próprio povo em seu reino e glória, onde eles permanecerão para sempre com ele.


XII. Nós cremos, Que o canto dos Salmos, Hinos e Cânticos Espirituais vocalmente é uma ordenança do evangelho a ser realizado por crentes, mas que, quanto ao tempo, lugar e forma, todos devem ser deixados à sua liberdade em usá-los.


Agora, todas e cada uma dessas doutrinas e ordenanças, olhamos para nós mesmos com a maior obrigação de adotar, manter e defender, acreditando que ele seja nosso dever ficar firmes num só espírito, com uma só mente, lutando juntos pela fé do Evangelho.


E considerando que estamos muito cientes que o nosso falar, tanto no mundo e da Igreja, deve ser o mais digno do evangelho de Cristo, julgamos ser nosso dever histórico, andar em sabedoria para com os que estão de fora, para exercer uma consciência nula de ofensa perante Deus e os homens, vivendo sóbria, justa e piedosamente neste mundo.


E quanto à nossa relação uns aos outros em nossa comunhão da igreja, estimamos que é nosso dever caminhar uns com os outros em toda a humildade e amor fraterno; vigiar as conversas uns dos outros, incitar um ao outro ao amor e às boas obras; não deixando de nos congregar, enquanto tivermos oportunidade, para adorar a Deus segundo a sua vontade revelada; e quando for necessário, advertir, repreender e admoestar uns aos outros, de acordo com as regras do Evangelho.


Além disso, nos consideramos obrigados a simpatizar-nos uns com os outros em todas as condições, tanto internas quanto externas, a qual Deus, em sua providência, pode nos trazer; como também de suportar uns aos outros nas suas fraquezas, falhas e enfermidades; e, especialmente a orar um pelo outro, e que o Evangelho, e as suas ordenanças, possa ser abençoado para a edificação e conforto a alma do outro, e para o ajuntamento dos outros para Cristo, além daqueles que já estão recolhidos.


Todas as funções nós desejamos ser boas de serem desempenhadas, por meio da assistência graciosa do Espírito Santo; enquanto admiramos e adoramos a graça que nos deu um lugar e um nome na casa de Deus, melhor do que filhos e filhas. Isa. 56. 5.



PS: O texto foi publicado no site do projeto:
JOELSON GOMES disse...

Obg pela visita ao Graça Plena, parabens pelo blog, Deus abençoe vc e volte sempre.

Joelson Gomes
http://gracaplena.blogspot.com