segunda-feira, 31 de janeiro de 2011

Tempo - distensão da alma humana (introdução)

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Bom, apesar de ser um leigo no assunto, eu sempre gostei de Ciências.. Os mistérios do universo sempre me chamaram a atenção, e um desses mistérios é a relação entre tempo e eternidade..

Imaginar que antes da Criação divina não havia o tempo e tentar definir "como funciona" a eternidade é algo confuso e mais filosófico do que fatídico, mas certamente que as descobertas científicas são bastante úteis na discussão desse assunto..

Pelo pouco que sei, Einstein provou com a teoria da relatividade que o próprio conceito de tempo e espaço são relativos..

Na minha busca por entender melhor esses conceitos, passei a ler alguns materiais de Santo Agostinho (Esse cara era genial) !!! 
Também encontrei uma dissertação muito interessante na qual um aluno universitário apresenta teorias de Agostinho sobre o tempo, e a postarei aqui por partes..


IMPORTANTE

Encarem o conteúdo dessas postagens a seguir como apresentação de teorias humanas, passíveis de erros, e lembrando-se que Agostinho viveu no século 4.

Se algum físico estiver lendo essas postagens, eu adoraria que comentasse, principalmente no caso de erros nas teorias apresentadas.

Para quem não tem muito gosto pela leitura e/ou que não curte "dar uma viajada" e/ou nem tem curiosidade sobre esse tema; essas próximas postagens serão maçantes, me desculpem..


Estando preparados, sem mais delongas segue a introdução:







TEMPO - DISTENSÃO DA ALMA HUMANA
UMA INVESTIGAÇÃO SOBRE O TEMPO EM AGOSTINHO DE HIPONA.
Orlando Marçal Junior

Dissertação apresentada como requisito mínimo da disciplina Dissertação Filosófica II, à banca examinadora do Departamento de Filosofia da Universidade de Brasília.

Orientadores: Prof. Dr. Wilton Barroso e Prof. Dr. Jordino Marques.


Brasília, DF, 1995




INTRODUÇÃO

“Sendo vossa a eternidade, ignorais porventura, Senhor, o que eu vos digo, ou não vedes no tempo o que se passa no tempo?” (Confissões I, 1)

Muitos são os assuntos que empolgam o homem no decorrer de sua existência. Não poucos foram também os debates que conduziram mentes brilhantes a uma busca pela elucidação do conceito da vida. Mas esta vida consiste e existe em um espaço temporal contínuo, onde o vivenciar novas experiências produz no homem a percepção do movimento.
No decorrer destas páginas, veremos como um homem apaixonado pela existência e vinculado à beatitude, crendo na felicidade e buscando pela própria percepção e interioridade do ser conhecer-se e ao mundo, definirá o Tempo.
Calçar os sapatos de Agostinho, obtendo assim sua ótica sobre tal assunto é deixar-se levar por uma viagem pelo intimismo e pela interioridade. O homem no tempo não é visto como uma máquina ou um objeto a ser analisado, mas uma pessoa envolvida consigo mesma.
Nossa busca seguirá um caminho contínuo, onde cada tópico buscará no anterior alicerces para sua construção. Da existência do eterno galgaremos o caminho do tempo, até que o descubramos no mais íntimo do homem. Da convicção da existência de um tempo que passa, chegaremos à dúvida angustiante da impossibilidade da existência da história e da profecia, até que possamos nos aconchegar naquilo que de fato existe.

Leandro de F. Mendes disse...

Interessante...aguardando pela continuação.

Barrabás disse...

Maravilha!! Amanhã mais 2 postagens!! ;)